Cinematografia


A vida é fragmentada por momentos que vivemos ao longo de nossas vidas. Como se vivessemos em um filme dividido em cenas ou um livro dividido em seus respectivos capítulos. Quando reunidos, constroem em sua totalidade, uma obra de arte inestimável. A vida, tal como ela é, única. Por trás de tudo isso, acredito que cada um de nós é o próprio diretor que narra a sua história, e Deus, o roteirista.


Por mais insignificante  que seja ou não, o modo de como vivemos, todo ser humano é um contador de história nato. Em cada história uma revelação, uma grandeza. Somos grandes quando sonhamos alto, até mesmo quando esse objetivo não passa de uma utopia. Cabe a cada um de nós, o poder de transformar sonhos impossíveis em realizações concretas. Transformar, acima de tudo, o mundo que vive em cada um  de nós e o que representamos para o mundo.


Apesar de amadores, somos o que somos: pessoas comuns que, apesar do pesares do mundo, tentam avidamente manter acesso, o amor pela vida, pelo nosso próximo, pela nossa profissão, pelo nossos amigos, pelo modo de vida que optamos seguir etc. Deus é o nosso guia, mas cabe a nós, escolher o caminho que devemos seguir.


Além de diretores, também somos protagonistas. Vivemos o que narramos e narramos o que vivemos. E mais, somos expectadores. Vemos de perto o sofrimento alheio. Rimos de nós mesmos. Todo ser humano que se permite viver intensamente, já experimentou na vida sensações diversas. Quem nunca chorou ao assistir um drama? Ou quem nunca riu em uma comédia? Ou até quem sabe, o contrário? Somos seres humanos, seres exêntricos por natureza. Cada filme com a sua originalidade.


Através da minha câmera capto momentos  de extrema alegria. Vejo a minha frente, um casamento, uma formatura, um encontro ou vários e as vezes, um desencontro. Tantos momentos que tenho vivido que fica difícil definir o título do meu filme. Tantos rostos conhecidos, sorrisos que emudecem e ao mesmo tempo aquecem o meu coração. Promessas, sonhos, metas. Abraços que apesar de durarem apenas alguns segundos, parecem que marcam para sempre as nossas almas. Cenas inesquecíveis.


Somos o que somos por representar aquilo que vivemos, sentimos ou até mesmo o que não sentimos. Representamos a dor, o amor, as fantasias, inclusive, o ódio. Amadores, protagonistas e expectadores. Três em um. Um em três. Projetamos a vida como se de fato um filme fosse. E não nos damos conta de que os filmes são realidades, histórias narradas por nós, os verdadeiros contadores de história.


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