Sintonizando o mundo
Hoje
é o dia do jornalista (07/04) e recebi uma mensagem muito especial que dizia: “Jornalismo
é a arte de sintonizar o mundo até as pessoas”. Esta frase me impactou de uma
maneira indescritível pela verdade que ela carrega em si mesma. O exercício diário
da comunicação, por meio das mais diversificadas empresas no Brasil e no mundo,
é fundamental para difundir a informação, mas também de conectar pessoas,
culturas e países. Em razão desta desafiadora e nobre tarefa, o jornalismo é
uma profissão que deve ser contemplada, respeitada e preservada.
Contudo,
não me refiro a qualquer tipo de informação. Mas sim, aquela que seja imaculada,
íntegra e verdadeira. Não estou querendo dizer que o jornalista seja neutro ao
transmitir a informação, pois cada um de nós possui valores, crenças e
ideologias que irão influenciar e interferir na maneira como enxergamos o mundo
e como nos posicionamos diante dele. Entretanto, é crucial que o jornalista,
mero instrumento da comunicação, seja o mais imparcial possível para que seus
julgamentos pessoais não distorçam a realidade dos fatos.
Infelizmente,
em tempos de “fake news”, o exercício do Jornalismo ficou ainda mais árduo e
complexo, uma vez que as pessoas estão muito mais interessadas pela comercialização
e sensacionalismo da notícia do que pelos fatos propriamente ditos. E na era altamente
tecnológica, em que a informação é transmitida pelas redes sociais e plataformas
digitais via streaming, as pessoas também estão mais preocupadas em obter “likes”
do que com a veracidade dos fatos. O que é muito preocupante.
Ao
repassar as “fake news”, por meio das redes sociais, uma grande parcela da
população também contribui para a dispersão desta má informação. O que se
tornou um verdadeiro caos pelo fato da notícia ser consumida de forma instantânea
na internet. Para piorar o contexto atual, além de não possuir o hábito de ler
notícia, a nova geração de jovens não procura checar as fontes e a veracidade
daquela informação que está sendo consumida. E por mais que se tente amenizar
os efeitos das “fakes news”, o estrago toma uma proporção alarmante e de difícil
reparação.
Não
é à toa que o Jornalismo esteja tão estigmatizado e desacreditado atualmente, pois
tem muita gente pensando que é jornalista e agindo de maneira antiética e
contra tudo aquilo que o Jornalismo preza. Vale frisar que também há
profissionais antiéticos no âmbito do Jornalismo, assim como em qualquer outra
área. Mas não podemos permitir que eles se tornem a maioria, pois acredito que
o jornalista não pode ser maior ou mais importante do que a própria notícia, o
bem comum de todos. Afinal de contas, a informação é um direito de todo
cidadão. E repito mais uma vez, não é qualquer informação, mas sim, aquela que possui qualidade e credibilidade.
Foto: Reprodução
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