Sem Limites
Qual a porcentagem real da capacidade do cerebro humano utilizado no dia-a-dia de cada individuo? Todavia, não existem provas consolidadas e/ou cientificamente bem fundamentadas, embora, a ciência se atreva a dizer, apenas dez ou vinte por cento. Se faz necessario, acima de tudo, salientar que não ha uma matematica exata neste ramo do conhecimento. Analisando os fatos isoladamente, e refletindo sobre o questionamento acima: E, se pudessemos utilizar toda a nossa capacidade cerebral (100%)? Sera, realmente possivel?
Para mergulhar nesta fantasia, nada melhor do que retratar o filme Sem Limites, tradução do titulo em inglês, Limitless (USA). O diretor Neil Burger, conjuntamente com a roteirista Leslie Dixon, criaram uma combinação perfeita de muito suspense, criatividade, inovação e pura dinâmica, especialmente, quando se trata das imagens construidas pelo cerebro do personagem Eddie Morra (Bradley Cooper) ao ingerir determinada pilula, denominada NZT. Esta pilula seria a responsavel por ativar todos os neurônios do cerebro humano, conectando todas as memorias guardadas em seu interior, ampliando os sentidos e a percepção humana.
A explicação para as nossas limitações se daria pela falta de uma ligação mais intensa entre a recepção e a codificação das memorias captadas pelo nosso cerebro a cada segundo, pelo fato de serem arquivadas em uma parte do nosso cerebro, intocavel e totalmente fora do nosso alcance. A historia do filme se baseia na possibilidade de utilizarmos toda a nossa capacidade mental, atraves da implementação de um instrumento altamente tecnologico e desconhecido por todos, devido ao seu efeito sobrenatural sobre a mente humana, que amplia a nossa percepção de mundo . De fato, o filme e hipnotizante. Considerei banstante criativa a idea trazida pelo Burger e Dixon, nunca retratado desta maneira antes. Por outra perspectiva, a considerei infeliz e inoportuna, ja que, descredibiliza a nossa capacidade de apredinzagem e questiona insensivelmente, ou melhor, brutalmente, a nossa segurança, potencial e a nossa propria capacidade de evoluir, uma vez que, necessitariamos de uma pilula (objeto artificial) para nos tornar mais inteligentes. Virtude esta, inerente ao ser humano. Ou seja, não existiria uma genialidade nata, mas sim, um produto artificial projetado pela sociedade.
Uma inteligência artificial programada para tirar vantagens desproporcionais e descabiveis em relação aqueles que preferem ganhar a vida com o seu proprio suor, merito e esforço mental. Afinal de contas, como ja dizia Descartes, o pensar implica na materialização da nossa propria existência. Sera que somos tão incapazes de pensar por nos mesmos? Sera que estamos tão acomodados intelectualmente, a ponto de precisar de uma pilula? Realmente, a nossa sociedade estaria completamente enganada ao pensar que esta valvula de escape seria a melhor forma de engrandecer o ser humano.
Comentários
Postar um comentário