A Grande Oração

Justamente quando falei da felicidade, ela foi mencionada diversas vezes por entes e amigos queridos. Coincidência ou não, ela foi o centro das atenções deste final de semana. E como foi!

O dia seis de maio poderia ter sido um dia como outro qualquer, mas para a Felicidade de muitos, representa o início da história de um homem. Para não prolongar o suspense e a curiosidade de vocês, neste domingo, comemorei ao lado de muita gente (incluindo, minha família), o aniversário do meu querido sogro. Cinquenta e quatro anos de muito chão e caminhos percorridos pela estrada da vida. Sem esquecer de mencionar, os atalhos... E em cada passo dado, um desafio, um obstáculo vencido.

Nestes últimos anos tenho aprendido muitas lições ao lado do meu tio Manoel e de sua família e antes de qualquer coisa, gostaria de dizer o quanto sou abençoada por cruzar o meu caminho com os deles. À primeira vista, me senti totalmente diferente, estranha e à parte do contexto em que eles vivem, mas aos poucos fui observando e aprendendo um novo estilo de vida em família. Não que eu não reconheça a minha própria, mas pela primeira vez, entrei em contato de uma forma tão profunda em outro núcleo familiar.

E assim como Deus já tinha me presenteado com uma família maravilhosa, recebi uma segunda, tão espetacular quanto à primeira. Em ambas, existe a atenção e o cuidado recíproco com aqueles que são importantes e fundamentais para o nosso viver: a família. Em cada ato, palavra ou gesto de carinho, há a plena afirmação do amor incondicional. Amor este que ultrapassa fronteiras. Dentro deste amor, a felicidade que reina nos diversos momentos compartilhados.

Não há tempestade que enfraqueça o elo que une cada indivíduo destas famílias. Bendita seja a luz que os cerca, pois em cada rosto que vejo, há uma luz que transparece a vontade de que esta ligação seja plena e eterna. E acredito veemente que o seja para a vida toda e para além dela (para os que acreditam na vida após a morte).

No momento, estamos passando por uma fase difícil na vida de meu Tio Manoel, e não podemos permitir que a dor seja maior do que a felicidade vivida e apreciada em todas estas lindas e maravilhosas recordações. E meu tio tem sido a prova disso. Como tinha Neinha disse em oração neste domingo, meu tio representa a fé que carrega em si mesmo. Somente a fé para nos reconfortar em tais situações. E maior do que a fé, somente o amor pela vida. O desejo de viver e, acima de tudo, de viver em paz consigo mesmo. Em harmonia com o universo e tudo que nele está inserido.

Fiquei muito encantada e emocionada com as palavras de tia Neinha, assim como as de minha tia Nayla e do tio Manoel. Tocou a alma de todos que ali estavam presentes, não tenho dúvidas. E naquele círculo em que todos nós demos as mãos uns aos outros, vi que as correntes da felicidade, da esperança e da compaixão estavam formadas diante de nós.




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