Sede de Amor




Minha alma almeja por um beijo ardente. Um beijo há muito adormecido em um canto qualquer. Em terras tão distantes que me fizeram esquecer o sabor de um beijo. Tenho sede de amor. Sede de tudo. 

E mais do que um beijo, sinto falta do encanto, da conquista, de me sentir realmente desejada. De ter alguém que me deseje por completo, seja como for. Alguém que represente o mundo para mim, assim como eu também representaria o mundo para ele. Alguém que precisasse de mim, assim como precisa do ar. Ao invés disso, sinto como se não valesse de nada. Como se a minha presença e a minha ausência fossem a mesma coisa: uma sombra passada despercebida em plena luz do dia.

Por que inventaram o amor? Para eu sofrer em vão? Pois me doí pensar que o meu amor não é correspondido da mesma forma. De que umas pessoas se doam mais do que outras. Mas agora é tarde, estou amando sozinha... idealizando um homem que nunca irá aparecer, pois aprendi que homens assim, só nos contos de fadas e eu vivo no mundo real, onde todos estão susceptíveis ao amor, mas nem todos conseguem amar de fato. 

Toda noite eu desejo por um homem que nunca vem. Que falta sinto daquela sede de amor e do desejo de que a noite nunca tivesse fim. Se antes eu me sentia só, agora sinto que a solidão e o silêncio se tornaram meus companheiros de todas as horas, especialmente quando fecho os meus olhos para dormir. Noites frias intermináveis sem você. E o pior de tudo, é que eu ainda continuo te amando mesmo sofrendo intensamente.

Já estou nos limites dos meus sonhos iludidos. Quando finalmente encontrei alguém, parece que o faz de contas é mais real do que tudo isso que vivi. E me revolto por nem poder sonhar mais, pois sei que tanto a ficção quanto a realidade são mundos paralelos que se tocam em um determinado ponto.





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